Livro a Livro II - A Guerra do Quinto Reino

   Dando continuidade à série de artigos sobre os futuros livros sobre um futuro alternativo fantástico; escrevo hoje um pouco sobre o que deve ser  o quinto livro lançado por mim, logo após S.O.S, sobre o qual já falei e que planejo disponibilizar logo depois de Leela, sobre o qual ainda falarei e que é, certamente, o próximo livro a ser concluído, agora que Ônix e Dáverus já estão disponíveis - e nem por isso deixarei de falar sobre eles nestes artigos, já que estou seguindo, aqui, a cronologia que não respeitei, propositalmente,  ao lançar meus livros de forma não linear. 
   
     O quinto livro é sobre uma ampla guerra que marcou o Primeiro Recomeço e que, curiosamente se chama A Guerra do Quinto Reino.
    Observação: As ilustrações neste artigo foram encontradas na internet, no geral em galerias de papéis de parede e assumo, portanto, que os artistas não se importam em partilhá-las. Ressalto, porém, que não foram, definitivamente, concebidas para ilustrar minhas obras, embora representem, maravilhosamente bem, a "atmosfera" deste livro em questão. São representações extra-oficiais e não intencionais que servirão para o leitor captar a essência da obra mencionada, meramente.

    A Guerra do Quinto Reino


    Quando decidiram abandonar a tecnologia moderna e enterrar o passado, que passaria a ser chamado de esquecido, a humanidade encontrou na magia as forças para erguer reinos, seguindo os moldes de uma civilização medieval. Tal poder se mostrou muito além da alta tecnologia, recém abandonada e que seria escondida das gerações futuras. O poder da magia tinha grande potencial para ser ainda mais avassalador do que as as máquinas de antes. Por isso, até mesmo a magia foi suprimida e mantida num círculo menor de escolhidos, chamada de a Ordem de Ashibaki. Poucos sabiam sobre a existência dela,  embora lendas sobre o dragão de Ashibaki tivessem passado para a nova geração. 



    Este livro está focado na segunda geração e seu confronto com o dragão e, principalmente, com o poder da magia, focado muito mais nos primeiros príncipes e princesas do que nos primeiros reis, embora alguns deles ainda vivessem.

 
        O título deste livro é curioso, não apenas por se tratar do quinto livro a ser lançado, mas, também, pelo fato de que, no princípio, havia apenas quatro reinos.  Cada qual com seu grande castelo e províncias.


  
    Muito da força deles provinha, no entanto, de um quinto reino místico, uma ilha misteriosa com uma senhora misteriosa. Sem ela, aliás, não teria sido possível erguer os quatro reinos e, em tempo tão curto, preparar o mundo para a nova geração. O Quinto Reino é nada mais nada menos do que a ilha de Phemba Skull Thumba. Um mundo fantástico fechado em si onde a palavra absurdo sequer pode ser usada. Um cenário incrível repleto de criaturas estranhas.
 





   O livro A Guerra do Quinto Reino explica a razão de haver pessoas capazes de prodígios incríveis e é pautado na relação da humanidade com o poder. Evidencia, ainda, a predisposição da humanidade de buscar controle de poderes externos, antes de desenvolver poderes internos, e como esta imaturidade de buscar o que está além de sua compreensão traz consequências profundas. Havia uma versão de crença, aliás, chamada apenas de A Doutrina que pregava em suas suntuosas casas, sobre as limitações humanas e como se manter puro para não perder sua alma. A Doutrina foi criada para conter a magia, apelando para a aceitação das limitações humanas e no desenvolvimento gradual da compreensão de sua própria natureza. As casas onde A Doutrina era pregada, regularmente, em sermões, eram similares às Igrejas, certamente, e não se importava em ostentar riquezas recebidas para o trabalho de manter o povo submisso.


    O material deste livro é tão vasto que há a possibilidade de ele ser lançado em três volumes. Um para cada uma das partes, separadas por alguns anos entre elas, criando uma trilogia dentro da trilogia que este livro integra.

    Enquanto Ônix, Dáverus e Leela fecham uma destas trilogias; S.O.S, A Guerra do Quinto Reino e Syrys fecham outra e, com A última balada, Daimone e um livro secreto - sobre o qual não falarei nada, além disso, pois não tenho certeza se um dia estarei pronto para lançá-lo -, eu teria as três trilogias, encerrando um grande ciclo.

    Estão preparados?


Para conhecer mais sobre as obras do Novo Tempo e sobre mim, que as escrevo, explore o índice de publicação. Hasta! 

William Morais

Influências VI

        Voltando às influências literárias, chegou o momento de falar sobre ninguém mais, ninguém menos, do que Tolkien.



   
     Não vou falar o que todos já sabem sobre ele. Não vou falar sobre como ele conseguiu mesclar elementos de várias culturas, mitos, religiões, lendas e construir, com tudo isso, um mundo coeso. Já tem material demais sobre isso. Vou falar sobre o que as obras dele significaram para mim. Algo que apenas eu posso dizer.

    Ler o senhor dos anéis foi uma experiência extraordinária. O detalhismo da construção das cenas e dos personagens me tiraram do meu mundo. Eu era transportado para situações nas quais me senti aflito, desolado e maravilhado. Lembro até mesmo onde eu estava quando li determinadas partes, por ter de parar, temporariamente, e abandonar a sociedade do anel, imersa no perigo, para voltar para ela e perceber que minhas pausas não ajudaram a amenizar, em nada, a situação na qual os personagens se encontravam.

    Minha escrita está longe de ser parecida com a de Tolkien. Meus personagens estão longe de serem parecidos com os de Tolkien. As minhas tramas estão longe de ser parecidas com as de Tolkien. Neste ponto quero reforçar o que já foi mencionado até aqui de forma mais sutil e que neste momento alcança um nível muito mais evidente: as influências são muito mais subjetivas e indiretas do que seguir, meramente, um modelo. 

   As verdadeiras influências dos outros são as que, de fora, nos dão força para mostrar algo nosso, que já estava dentro de nós.  O que nós somos capazes de realizar.

   O que ficou da obras obras de Tolkien, em mim, e que sinto neste momento à flor da pele, numa tão feliz quanto triste nostalgia, é gratidão. E a vontade de um dia ter um selo do meu nome. Isso é verdade.



    Enquanto lia a saga O senhor dos anéis, pensava que Tolkien a escreveu para mim. Sim, sou muito egocêntrico e acho que o universo me nota nele. A saga do um anel não poderia ter chegado a mim num momento mais oportuno. Meu pai tinha acabado de sair de casa e deixar um grande fardo. Muitas dívidas. Como Frodo, não tive muitas escolhas senão encarar uma jornada perigosa.





    Nas terras desconhecidas, conheci pessoas que trilhavam, cada qual por seu motivo, a mesma jornada. Fiz amigos. Fiquei um ano inteiro trabalhando como office-boy num escritório de contabilidade. Eu já tinha diploma, em contabilidade inclusive, mas nunca tive interesse nesta carreira. Aceitei o cargo de office-boy por achar que simplesmente levaria e traria papéis. A verdade, no entanto, se revelou bem outra. Tinha de resolver casos pendentes na receita municipal, estadual, federal e outras. Para resolver as pendências de cada empresa, em cada setor do governo, era necessário entender o que se passava e como me defender, respondendo ao que os servidores públicos pediam, na maioria das vezes, por pura maldade, pois, bastava dizer certo código, em certos casos, para mostrar ao atendente que o que ele pedia não estava ali por uma razão, ao invés de ter de voltar para o escritório e descobrir que não precisava ter voltado, acumulando mais casos a serem resolvidos no dia seguinte. Foi isso que, depois de um ano, me fez aceitar a proposta de promoção para trabalhar dentro do escritório. Eu já trabalhava com contabilidade, isso era fato. E o aumento salarial fenomenal, juntamente com a certeza de poder ter, de verdade, um horário de almoço, contribuí na decisão.


    Eu não teria suportado esta jornada árdua sem os livros de Tolkien. Cada sufoco que a sociedade do anel passava, era um espelho dos meus. Da mesma forma que eu entrava no mundo de Tolkien, para, através da minha leitura, conduzir os personagens aonde eles deviam chegar; os personagens entravam no meu mundo, como se me acompanhassem, também, em minha jornada. Não vou citar todos os sinais que encontrei no livro de Tolkien -e na vida- que me faziam pensar que ele escreveu o livro para mim. Claro que escreveu para muito mais gente. O que me marcou, porém, foi o fato de que Tolkien conseguiu me alcançar através de décadas e décadas e me envolver de forma tão mágica. Podem ter sido o que chamam de coincidências. Não acredito em coincidências, porém. Tive uma mestra de matemática que me ensinou a ver que o universo não é aleatório.



    Ler o senhor dos anéis e parar para pensar na minha vida, me fez querer escrever livros que fizessem o mesmo com os meus futuros leitores. Foi a isso que Tolkien me influenciou. Mesmo que meu estilo seja completamente diferente do dele e eu seja bem mais ousado em alguns aspectos.

   Sobre os sinais nos livros de Tolkien, bem, foi algo que sempre considerei. Veja bem a palavra escolhida: considerei. Considerar algo é não colocar uma certeza. Considerar que Tolkien tenha escrito para mim é só o bom e velho egocentrismo filho de um puta que todos adoram odiar. Um tanto louco, certamente. Ter certeza disso, porém, seria loucura pura. E, nesta vida, resolvi ser apenas um tanto louco. 
   
   Seja como for, o livro me fisgou logo no início e ter chegado ao fim da jornada foi magnífico. Agradeço, então, a Tolkien, pelo primeiro, de muitos, sinais em seu livro, para mim. Qual foi este primeiro sinal? Adivinhem qual é o dia do aniversário do Bilbo? Sim, o mesmo que o meu. "Caramba, que coincidência.", pensei. Mas, até mesmo sobre a coincidência, o livro me provocava.  Como? Bem, Tolkien fez que, coincidentemente, a data de aniversário de Bilbo fosse, também, a data de aniversário de Frodo. Dali em diante, fiquei atento. E vi maravilhas. Hoje, porém, ao mencionar isso, a consideração enfraquecia. É como tentar contar um sonho. Quando falamos dele, muitos detalhes se perdem e a veracidade que estava lá até segundos atrás, parece bobagem. Mas, o que torna a vida interessante pode ser, quem sabe, a falta de certezas. O universos dá sinais, pontos, mas não traça a linha completa. Nós temos de enxergar o que não está lá através do que está. Se fizer sentido para nós; era para nós. Pensava em tudo isso, aliás, quando fui surpreendido, há poucos minutos atrás, quando, para concluir este artigo, fui pesquisar Tolkien, apenas para citar uma frase dele. Nunca tinha pesquisado antes e, como resolvi falar apenas sobre como as obras dele me atingiram, não havia necessidade de detalhes de sua vida. O que descubro então? Que um R de J. R.R. Tolkien é de Reuel. Quase Revel. O universos dá sinais, pontos, mas não traça a linha completa. Revel, para quem não sabe, é o nome que escolhi, anos atrás, para o meu grupo de teatro criado para contar as histórias da Saga do Novo Tempo. Loucura minha ver o que eu quero ver? Talvez, mas, o que torna a vida interessante, pode ser, quem sabe, a falta de certezas. Ou acreditar ou não, depende de que lado estamos no momento, segundo Tolkien. O de dentro ou o de fora. 
    
"[Criei] um Mundo Secundário no qual sua mente pode entrar. Dentro dele, tudo o que ele relatar é "verdade". Está de acordo com as leis daquele mundo. Portanto, acreditamos enquanto estamos, por assim dizer, do lado de dentro."
 John Ronald Reuel Tolkien




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William Morais

Nas palavras dos leitores IV

  

  Hoje resolvi publicar três opiniões, de uma só vez, sobre a primeira versão do meu primeiro livro, Ônix, que encontrei acidentalmente ao me cadastrar numa rede social voltada exclusivamente para a literatura, chamada Skoob.

    A rede social não parece ser muito ativa, talvez por ser tão específica e haver outras que acabam servindo ao propósito. Seja como for, foi muito gratificante ler estas opiniões de pessoas que não conheço pessoalmente e nem virtualmente, aliás. Para um escritor, todas as opiniões são válidas, mas cada uma tem menos ou mais considerações dos leitores. Os conhecidos talvez tenham um zelo para com o escritor amigo, em nome de amizade, enquanto os leitores totalmente desconhecidos possuem apenas a obra como referência.Talvez por isso haja um interesse diferenciado para opiniões de pessoas distantes. Sem desmerecer os leitores próximos.

    Fica aqui os prints que fiz das avaliações desta primeira versão do meu livro Ônix e espero conseguir contato com estas pessoas para surpreendê-las, ainda mais, com a versão estendida e com os livros novos.Tal descoberta foi feita no dia 23-05-13 e cada opinião tem sua data marcada lá. Cliquem nas imagens para ampliar.





    Agradeço ao Matheus, à Barbsm e ao Cláudio. Às vezes belas surpresas assim, quando menos esperamos, alimentam nosso espírito muito mais do que a polpa da fruta partida que alimentaria o corpo.



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Livro a livro I - S.O.S

     A Saga do Novo Tempo será composta por muitos livros que partilham do mesmo universo e, mesmo que sejam separados, até mesmo por séculos, cronologicamente, a história de cada um irá afetar, inevitavelmente, o outro.


     Os livros não serão lançados em ordem cronológica para preservar surpresas nas tramas. Assim como há uma narrativa não linear em cada um dos livros pelo mesmo motivo. Nesta série de artigos livro a livro, no entanto, vou me ater à cronologia para falar um pouco sobre a época na qual as histórias de cada livro se passa.

   
   Observação: As ilustrações neste artigo foram encontradas na internet, no geral em galerias de papéis de parede e assumo, portanto, que os artistas não se importam em partilhá-las. Ressalto, porém, que não foram, definitivamente, concebidas para ilustrar minhas obras, embora representem, maravilhosamente bem, a "atmosfera" deste livro em questão. São representações extra-oficiais e não intencionais que servirão para o leitor captar a essência da obra mencionada, meramente.
    
S.O.S (Livro em produção)

      Houve uma Terceira Guerra Mundial e a erradicação total da humanidade só não aconteceu pela intervenção de uma grande organização que dispunha de uma tecnologia avançada, até então secreta. Tal tecnologia surgiu como uma forma de garantir a sobrevivência, ao menos, de uma pequena parte da humanidade. Imediatamente depois foi declarada como esperança da reconstrução do mundo, através das Máquinas Auto Suficientes, chamadas de M.A.S. 

(Clique na imagem para ampliar)

    Não tardou, porém, a Quarta Guerra foi anunciada. A Guerra dos humanos contra as M.A.S.


(Clique na imagem para ampliar)

     A primeira  aventura da Saga do Novo tempo se passa no ano 79 do Novo Tempo e relata o fim grandioso desta Guerra.        

    O tema do livro é tecnologia x humanidade, num nível provavelmente jamais visto. 


(Clique na imagem para ampliar)

   A humanidade sobrevivente, no livro, ainda utiliza de tecnologia, controlada, para sobreviver e combater a ameaça das M.A.S.
   
   O pano de fundo ilumina uma escuridão desoladora que terá de ser, inevitavelmente, confrontada.    

    A previsão é para que S.O.S seja o quarto livro a ser lançado. Logo após Leela, quando, antes de seguir em frente, se torna vital contar como tudo começou.    
       
   Ah! se soubessem o que sei!... E quero que saibam, acreditem... E vocês?  

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William Morais

A Saga do Novo Tempo - Livro a livro

    


   A Saga do Novo Tempo, completa, abrange muitos momentos de uma humanidade futura.

    Pelos livros que já foram lançados (Ônix e Dáverus), sabe-se que a tecnologia moderna foi abandonada, antes que a humanidade se destruísse por completo. 

    Tal jornada da humanidade, no entanto, começa ainda quando a tecnologia moderna não apenas já existia, como tinha alcançado um nível muito além dos parâmetros dos dias atuais, e se estende até uma sociedade como conhecemos hoje, embora com as devidas diferenciações históricas. 
   
    É um ciclo completo. Começa com o auge da tecnologia  (no livro S.O.S, em produção). Volta, no que é chamado de O Primeiro Recomeço, para um modelo medieval (no livro A guerra do Quinto Reino, em produção) mantido por alguns séculos, como pode ser visto no livro Dáverus, já disponível). Alcança, com o surgimento da pólvora, um período onde a pirataria retorna a ponto de ser considerada uma ameaça (no livro Ônix, já disponível). Atinge, através do vapor como força motriz, uma sociedade como apenas imaginada antes, na era vitoriana, com máquinas estrondosas (no livro Leela, em produção). Ante a engenhosidade usada para fins bélicos, novamente a humanidade se defronta com a destruição total. Vem O Segundo Recomeço, onde a civilização Egípcia (no livro Syrys, em produção) se torna referência e esperança para manter a humanidade num padrão auto-sustentável e seguro. Segue, daí, para recriar todos os períodos conhecidos pela nossa humanidade, novamente, reconhecendo que a inevitabilidade do curso das vidas as conduzirão a situações, independente do cenário, onde os conflitos são criados para que cada um encontre suas respostas. Os cenários finais, são bem similares a períodos recentes da nossa humanidade. Um deles se passa numa época na qual os gangsters disputam territórios, como há alguns pares de décadas atrás, de nosso tempo (no livro A última balada, em produção). O outro, provavelmente o último desta grande saga,  se passa num período muito parecido com este no qual vivemos hoje, no início deste século XXI (no livro Daimone, em produção - que, em verdade, será uma nova versão de um livro já completamente escrito por mim, antes mesmo de Ônix, ainda no século passado), e, neste cenário, a humanidade já consegue ver como a dependência da tecnologia é imensa e como as armas de destruição em massa alcançaram um nível avassalador, num planeta já castigado. O ciclo se fecha. 

    Os oito livros previstos para esta saga podem ser lidos de forma independente, mas se complementam. A época que cada livro retrata serve apenas como pano de fundo, sem deixar que venham eclipsar os personagens e a trama. Embora, claro, sejam relevantes. 
      
     Os personagens, e suas ações, num livro, vão afetar o cenário ao redor deles tanto quanto o cenário os afetará. Isso afetará os outros personagens, de outros livros e, nessa interação, uma imagem fatalmente será vislumbrada, mesmo subjetivamente. A promessa de fim da humanidade está lá, o tempo todo, como uma enorme face de morte pairando sobre e, principalmente, entre os personagens. Este é o pano de fundo comum.

    Cada livro conta a história de alguns personagens e, juntos, contam a história de uma humanidade inteira. Por isso os livros não escritos já estão todos em produção. Os dois livros já disponíveis são provas de que a proposta é mantida. Cada uma possui sua razão de ser e ambas se complementam. Não é uma tarefa simples, no entanto. Algumas ideias, de cada livro que ainda será lançado, precisam ser desenvolvidas antes do livro inteiro em questão ser escrito, para saber exatamente o que mencionar no livro que será lançado no momento, sem comprometer as surpresas.



    É tão trabalhoso quanto divertido.  O esforço é tremendo. A satisfação de costurar cada parte e ir enxergando o todo, porém, é muito gratificante. Cada personagem, inserido em cada época, permite uma reflexão diferente sobre a natureza humana. O Livro Ônix é muito diferente do livro Dáverus, mas há harmonia entre eles. São do mesmo mundo. 
   
    Nos próximos artigos da série livro a livro, vou falar um pouco sobre a época que cada livro retrata. Seguindo a ordem cronológica dos acontecimentos deste universo, embora tenha optado por uma ordem de lançamento não linear, em prol das surpresas. Evitarei spoilers, certamente. A intenção é dar mais referências, sobre cada pano de fundo, ao leitor que já leu e o que lerá minhas obras.

    Quero aproveitar este artigo para mostrar aos leitores que há, além dos livros já escritos, muito material estruturado para mais livros. O término destes livros em produção, no entanto, depende única e exclusivamente do interesse dos leitores neles. Certamente não posso mais dedicar tempo da minha vida a um trabalho que não se sustenta. Mesmo que seja o meu preferido, de tudo o que faço. Também sou um personagem inserido num cenário com condições adversas. Querem livros novos? De verdade? Ajudem a divulgar. Indiquem para amigos que se interessam pelo tema. 

    Quero acreditar que vivo num mundo onde ainda há pessoas que se preocupam em se enveredar por caminhos inusitados em busca de si mesmas, com capacidade para se divertir no processo, tanto quanto de se emocionar. 


    E aí? Posso continuar? Que bom que há espaço neste blog para que os leitores possam me responder :).


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William Morais
  

Influências V

 Variadas II

       Tudo o que afeta um escritor, afetará sua escrita. 

   Sou fã de muitas séries, desenhos, revistas em quadrinhos, filmes, etc... É bastante justo, portanto, citar estas influências não literárias.
    Alternarei, por esta razão, artigos sobre desenhos animados, quadrinhos, séries e filmes, com os artigos sobre livros que apreciei nesta minha vida.

    No artigo de hoje, em especial, citarei uma criação que nasceu nos quadrinhos, teve versões em desenhos animados, alcançou os filmes e até mesmo uma série. Estes inusitados heróis fizeram parte de minha infância, adolescência e sobreviveram para alcançar a fase adulta.  
    
     As tartarugas ninjas



    Um quarteto adolescente e mutante que emplacou por misturar elementos destoantes. Uma verdadeira pizza de chocolate com anchovas. Os protagonistas são tartarugas e são ninjas! - algo muito pouco provável, mas, com temperos que criaram a harmonia do prato, o sucesso aconteceu.

    Amparado por vários elementos retirados dos sucessos da época, como  o Demolidor (que ficou cego, mas, com super outros sentidos, graças à exposição de material tóxico), além do universo que cercava este herói, principalmente pela existência da Elektra, uma ninja perita na utilização de sais. 


Elektra

   O universo Marvel ainda serviu de referência na concepção do quarteto de quelônios, graças aos novos mutantes, dos x-men, que era/é focado nos adolescentes que treinados pelos x-men, são encarregados de missões menores; tendo ótima recepção do público, principalmente na década de 80, por explorar conflitos internos da equipe, típico do universo adolescente. Matutando bem, é possível ver referência em outros personagens secundários, como o justiceiro, no caso de Casey Jones, e os ninjas do clã do pé, quando o Demolidor, mencionado logo acima, já enfrentava a organização The Hand (que aqui no Brasil foi traduzida como O Tentáculo), de ninjas assassinos. 


Demolidor e o clã Tentáculo

   A referência maior, porém, na concepção das tartarugas ninjas, foi certamente, Cerebus, o porco-do-mato de Dave Sim. 
Cerebus vs Conan?

    Cerebus satirizava o que também era auge na época, em especial Conan, o Bárbaro. O traço similar ao usado em Conan nos quadrinhos de Dave parecia intencional, aliás. Logo, Dave Sim também teve suas referências, mesmo que tenha optado pela sátira. E e por aí vai.

   Cerebus foi uma influência forte para as tartarugas, mas, é pouco conhecido no Brasil, porém, pelo fato de Dave Sim jamais ter licenciado nenhum produto e sequer permitido traduções de suas obras. Dave é considerado entre os amantes de quadrinhos como um gênio e/ou louco. O que começou de forma descompromissada, como uma atividade terapêutica, se desdobrou numa fantástica trama política envolvente, repleta de conspirações. Mas, da metade da obra pra lá, Cerebus descambou, pelo que dizem, para um reflexo da vida problemática do autor que discorria exaustivamente sobre uma teoria misógina, onde o potencial criativo e espontâneo masculino era sufocado pelo feminismo, que trabalhava arduamente para dominar a natureza masculina. Sim teve sim muitos problemas com isso. Mas, concluiu sua obra, sem arredar pé de sua visão polêmica. Bem, se me permitem a piada, se Cerebus já era um porco, terminou como um chauvinista. Não; a expressão porco chauvinista não nasceu aí. Foi imortalizada pelo movimento de emancipação da mulher na década de 70, bem antes de Dave criar seu personagem porco e muito antes de sua mente se enveredar pela paranoia que comprometeu seu trabalho. O chauvinismo é uma expressão que denota extrema perseguição a um grupo, seja por raça, cor, sexo, religião, graças a um soldado de sobrenome Chauvin que levou seu patriotismo tão a sério que cometeu alguns exageros. A coincidência da escolha do personagem de Dave foi pura ironia do destino. 
 

    Voltando às tartarugas; muito antes de Dave Sim se encrencar, a dupla de amigos, Kevin Eastman e Peter Laird, com os ingredientes em mãos - e ainda inspirados no canadense Dave, que produzia e distribuía seus quadrinhos de forma totalmente independente -, produziu toda a primeira tiragem de exemplares de tartarugas ninjas mutantes adolescentes e, pelo que me lembro, foram vender em frente a uma convenção de quadrinhos, ou algo do tipo. venderam tudo e as tiragens seguintes cresceram de forma exponencial.


   
 Por mais inacreditável que fosse, tartarugas adolescentes mutantes ninjas, vivendo nos esgotos e sendo treinadas por um mestre rato, parece que a dupla de criadores encontrou formas alternativas de fazer com que o público relevasse tudo isso. A mais evidente foi fazer citações, através dos personagens, sobre a vida real. As tartarugas, por exemplo, comparavam o que viam, em Nova York, com as séries da época, como esquadrão classe A e outros. Desta forma, os personagens dialogavam com os leitores, sobre um mundo em comum. "As tartarugas assistem Miami Vice? Que legal, eu também!" - podia ser um pensamento recorrente dos leitores. Hoje em dia isso não significa muito, mas, na época, era inovação. Foi uma ousadia que deu certo e hoje parece besta, mas, foi uma extrapolação que se compara ao que Bertold Brecht fez no teatro, ao derrubar a quarta parede e dialogar com o público. Esse tempero de Kevin e Peter foi vital. 
   A dupla de criadores colocaram a mão na massa com coragem e foram aperfeiçoando a pizza no decorrer das décadas. As personalidades cativantes dos protagonistas, por exemplo, foram se firmando aos poucos, à medida que o amadorismo amadurecia para se tornar um sucesso de verdade.


Os protagonistas



     Raphael é o mais forte e o mais nervoso. E neste momento sou obrigado a ver as lâminas dos sais, constantemente entre os dedos dele, como as garras do Wolverine. Raphael é o que contesta ordens do líder do grupo e age sozinho, por diversas vezes. O Líder, em questão, é o Leonardo, que é muito mais técnico e tenta equilibrar força com sabedoria, para manter o grupo unido. Donatelo é o nerd, o geek, fascinado por tecnologia. Michaelangelo é o brincalhão, a  eterna criança. 


Nos quadrinhos

   Embora fossem desenhados de forma praticamente idêntica, cada um trazia uma arma e personalidade específica.


 Fazendo referência aos artistas da Renascença, através dos nomes dos personagens, os criadores reforçaram o contraste almejado, ao usarem traços sujos e pesados para compor cenas com alto teor de violência.


 Nos desenhos

    Ainda nos anos 80, surgiu o primeiro desenho animado, onde a violência foi amenizada e cores diferentes foram dadas para as máscaras, assim como para as joelheiras e cotoveleiras, além de cada um ter a inicial do nome no cinto, para facilitar a visualização das crianças.


    Muitos personagens foram adicionados ou reformulados.


 

  Existiu, ainda, uma versão japonesa. Acreditem. Onde havia um troço de super-mutação, bem no estilo japa. Quem tiver coragem que assista a um trecho/abertura clicando aqui.


Eita vergonha

    Mais tarde ganhariam uma segunda versão de desenho onde algumas levadas da obra original foram trazidas de volta, mas, não foi tão bem aceita quanto a primeira versão.



    Uma nova animação está sendo exibida atualmente, em mais uma releitura. Esta, em verdade, captou muito bem a personalidade dos protagonistas cativando tanto o público infanto juvenil, quanto os fãs adultos, graças a uma produção decente, através da nickelodeon. 





No cinema
    Três filmes em live action foram produzidos e me lembro bem de ter assistido a todos no cinema, por diversas vezes, pois, naquela época, só existia cinema fora de shopping e ninguém te mandava sair de uma sessão para outra. Passava a tarde toda vendo o mesmo filme. Eu era uma criança pequena que entrava no ônibus e ia para o centro da cidade sozinha, para desespero da minha mãe. Mas sempre voltei inteiro... e empolgado.      



    Eu adorava histórias fantásticas.

   Os três primeiros filmes das tartarugas ninjas contaram com a engenhosidade de jim Henson, criador dos bonecos de Vila Sésamo, os Muppets, dentre outros. Em verdade jim, faleceu no ano em que o primeiro longa foi lançado e seu filho, Brian, deu continuidade ao trabalho do pai, não apenas nos filme seguintes, como, pela experiência adquirida através do primeiro longa, continuou a idéia do pai para um seriado que se tornou um enorme sucesso desenvolvido pela jim Henson Productions em parceria com a disney, e que se chamava a família dinossauro. Provavelmente por isso havia uma homenagem sutil na série dos dinossauros às tartarugas ninjas, em posters colados no quarto de Bob, que era fã dos homens da cavernas ninjas mutantes. A logo é quase a mesma. Notem:



   

    Mais tarde, já no século XXI, em 2007, lançaram um filme animado. O resultado foi interessante. 



    Embora não o suficiente. Não para levar o público ao cinema, pelo menos. Embora tenha explorado as personalidades de cada um deles. Confiram uma cena de ação e diálogo entre Leonardo e Raphael, um dos pontos altos do filme.




   O esforço da animação ao menos mostrou que ainda  havia interesse no universo das tartarugas e, assim sendo, decidiram fazer mais um filme em live action, embora com toda a tecnologia de captura de movimentos do CGI. Tal filme será lançado no ano que vem, creio, e há receio por todo lado, por vários motivos. Da atriz escolhida para interpretar a April, amiga repórter das tartarugas, ao produtor do filme, Michael Bay, responsável pela direção dos três longas dos transformers que... nem vou comentar...

A série?
   Bem. Foi um troço em live action desastroso. 



 Tentaram colocar uma tartaruga fêmea chamada Vênus.



    E inimigos bem no estilo Power Ranges...  espere... então dá pra imaginar este encontro? Não precisa, aconteceu e durou dois episódios:


É... Santa Tartaruga...

Jogos 

    O quarteto cativou, também, em formato de jogos, entre os quais se destaca uma versão de Arcade que se tornou clássico:




E, aproveitando o "novo" sucesso, graças à nova série da Nickelodeon, já está para ser lançado uma versão nova de jogo que promete ser muito bem feita. Confiram as imagens do Raphael e do Michaelangelo, muito detalhadas:
 




    Não posso negar ser fã, talvez por nostalgia, destes personagens. Quantas vezes fui para o monte perto da minha casa fazendo de conta ser uma tartaruga ninja para enfrentar um exército de ninjas? Muitas vezes. E minhas aventuras precisavam de razão para ser, por isso, ali havia um exercício de imaginação. Como eu era apenas um, e meus primos quase nunca trocavam o futebol, que nunca me cativou, por aventura de artes marciais, cada vez eu era um dos quatro protagonistas e, por isso, precisava trabalhar em razões diferentes para justificar a ausência dos outros. No geral eles tinham sido capturados e a tartaruga do dia os salvava. Parte boa disso foi que acabei treinando com as quatro armas e hoje saber usar um bastão, nunchakus, sais, espadas, além do corpo, ajudam e muito.

    A homenagem em minha obra está no livro Dáverus, ainda que de forma sutil. Mas, está lá. Em cada uma das quatro estações, Irelay aprende uma essência da natureza de si mesmo e, para isso, aprende a dominar uma arma. Quase todas estão lá, pois na primeira estação eu o queria de mãos livres, por isso o sai saiu.

   Como artista plástico, concebi minha própria versão, totalmente articulada, ideal para filmagem em stop-motion. 
Quem quiser conhecer, fica aí uma prévia.


   

      Para conferir mais fotos, acesse o perfil do facebook.
    
    E, para terminar, no espírito de Michaelangelo, deixo imagens de um movimento que nasceu não se sabe com quem. Um artista virtual, e anônimo, que por algum motivo não quis se identificar. Talvez por ter lançado uma idéia que gerou seguidores, como perceberão, e invadiu as ruas, como também perceberão, quebrando, feito um golpe certeiro de ninjutsu, toda a estética proposta pelas grandes empresas de produtos. Selecionei apenas algumas. Mas são muitas.


Virtualmente na cara dos famosos:
  
  




























Com seguidores que adeririam ao movimento:





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William Morais